O cacau é originário das regiões tropicais da América Central, onde foi utilizado até como moeda pelos pipiles, povo indígena pré-colombiano de El Salvador, que com ele pagavam tributos e compravam todo tipo de mercadoria. O nome da planta (cacahuati) e o da bebida (chocoatl) vem dos antigos astecas e maias. Esses povos aproveitavam a sua polpa para preparar um suco, muito parecido com o nosso suco de cupuaçu. As sementes torradas, moídas e misturadas à farinha de milho deram origem a uma pasta comestível, que desidratada pode ser armazenada para uso posterior, como bebida quente, aromatizada com especiarias, muito apreciada até os dias de hoje (ALVARENGA et al., 1994).
No Brasil, o cacau adaptou-se perfeitamente ao clima e solos do Sul da Bahia, trazendo muita prosperidade para a região de Ilhéus, constituindo-se num dos pilares fundamentais para o enriquecimento de muitas famílias de cacauicultores, contribuindo em muito para o desenvolvimento regional.
O município de Una, no biênio 1991/1992,
aumentou em 326% sua área colhida, decrescendo 51% no final do período
em análise, 2001/2002. Analisando-se as evoluções absolutas, no período de 1990 a 1996, nota-se
que o município de Una foi o segundo que mais evoluiu em área colhida (360%). Atualmente Una ainda está com uma produção muito estimada, a expectativa é que o município se torne um pólo agrícola e aumente ainda mais sua produção, visando este progresso, a prefeitura de Una dá o pontapé inicial e realizará de 30/10 à 02/11, o 1° Festival do Mangostin "Una, terra dos sabores", onde será apresentadas todas as potências agrícolas do município.
O sul da Bahia está fortemente ligado à cultura do cacau, que durante muitos anos deu à região uma riqueza espetacular. Hospitais, estradas, avenidas, empresas de transporte, tudo era feito com dinheirovindo do cacau através principalmente da Ceplac, um órgão criado nos anos 60 para salvar a então falida cultura do cacau.
O dinheiro injetado na Ceplac durante muito tempo se reverteu em obras e serviços para a comunidade e deixou de herança um dos melhores laboratórios de fitopatologia do mundo, o Cepec. Mas a Ceplac passou de autônoma a parte do Ministério da Agricultura, desviando o dinheiro para outras regiões do país.
Fonte:
EMBRAPA
SUL DA BAHIA
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